O frio toma conta da rua
a chuva já tomba como lágrimas na calçada
cansada de ser pisada por quem não merece
acontece a prece não ser atendida
uma mulher ri, um homem chora
um velho soluça, um jovem ignora!
O pardal esvoaça nos céus tão seus
adeus! Adeus a esta impregnada
viela, tão bela, iluminada por uma vela
muitos vão de vela antes de entender
que na rua, nada é sua mas tudo é dela!
O ardina que atina com uma menina
que vende o corpo num desconforto
no porto onde atracam as caravelas.
vejo a cara delas, suada e sofrida
marcas da vida, que duramente
foi passada!
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