Um sorriso abre as portas para o mundo
Para o nosso mundo, no qual lutamos
Durante dias e dias com agonias e alegrias
Imundo ou profundo, é igual, nele eu me afundo
Redijo palavras com a tenacidade
de um poeta
Com a imaginação de uma criança,
ou a velocidade dum maníaco
Nada hipocondríaco, não invento
dores para me desculpar
De algum fracasso no que faço,
sempre duro como o aço
Talento titânico que se destilando
lentamente no papel
A seu belo-prazer como uma serpente
na floresta, é mel
Saber que a vida vive duma imprevisibilidade
abrupta
Encerrada numa deliciosa ironia
quase ininterrupta
Corrupta a forma como vários
tentam fechar a ligação
Vivendo em permanente estado de
negação, frustração
Castração de intelecto, dialecto diferente mas o mesmo protejo
Acabar com o que de bom se faz
neste recanto da minha alma
Perco a calma, fico sério,
colérico, distante como um teleférico
Elevo-me até a altura do meu
espírito, crítico e granítico
Num pedestal elevado à quinta
potência do cume da magnificência
Omnipresença na evidencia da
cadência verbal onde o crucial
É criar um celestial fruto para
fazer usufruto, feitio resoluto
Abro consciências com um bisturi,
aqui há milhares de crânios perfurados
Impregnados, rachados, estudados,
dissecados, secos, lado a lado
Em filas como se fossem becos.
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