Caminho pela rua e
absorvo a chuva
Tentando perceber
como fiz esta curva
Que a minha vida
descreveu como um arco
Desferido por uma
flecha
A minha pecha é
manter a mente louca
E a visão turva
Daí não discernir a
sujidade da tua alma
Do brilho ofuscante
dos teus olhos
Com calma faço o luto
Morreu-me a esperança
que tinha aos molhos
No resoluto segundo
Vejo a minha roupa
escura
Sem expressão
Mendigo de coração
aberto
A felicidade
passou-me perto
Esperto não fui em
apanha-la
Guarda-la como se de
uma joia se tratasse
Interpreto agora
estes sinais
Como pontos cruciais
De testemunhos
mortais
De génios ancestrais
Espaços intemporais
Em portais
dimensionais
Que nos transferem
para limbos
Sem danos colaterais
Somos imortais
Quando deixamos
legado
Para os demais
Que descendem de nós
Como nós dos nossos
avós
Que nunca deixem de
ouvir a nossa voz
Para que um dia possamos
ser a alma
De quem criamos
Durante anos
A inspiração para a
criação
De uma geração
Fabulosa simbiose
Dose a dose
Até à perfeita
metamorfose!
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