quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Explosão Verbal




Já me sinto tão ciente de tudo e ainda tudo está no início
não demora dou em maluco como homens num hospício
vejo as constelações de estrelas a guiarem-me nesta estrada
onde vejo pessoas a mudarem de carácter como se fossem uma fada
gizo linhas e traço triângulos com os ângulos laminados
crio poemas incandescentes que gozam com falsos iluminados
tochas encadeiam a folha onde mora a minha inspiração em forma de tinta
mantenho a diferença ao me comportar duma forma distinta
brilho como cristais nesta escuridão imensa
nunca tentes questionar a minha paixão pela escrita: esta cena é densa
a minha mente já está com elasticidade porque nela faço ginástica
exercito com aparelhos e metáforas contra esta ignorância drástica
como um trapezista russo nunca caí desta gramatical linha
sei quem é aquela gera que nesta arte alinha
não queiras ser parte de um grupo que te mantém aparte
junta-te ao meu povo que quando fale de algo sabe que parte
pacifista, não curto nada de violência ou dicas assim
quando me perguntam se me sinto realizado respondo: Sim
mas ainda assim sinto que o povo podia ficar mais afim
de levar o meu investimento literário até ao seu fim
mas compreendo que empreendo demais para a crise que há
manos não percebem que o meu quarto é como Meca para Alá
e que aqui rezo em prosas como o terço para idosas
ou sou apaixonante em verbos como rosas
com espinhos perfurantes como cobras venenosas!

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